29 de novembro de 2008

No oba! oba! Obama venceu... Mas nem tudo está perdido — "God bless America!"

Paulo Roberto Campos

Há quase um mês da vitória de Barack Hussein Obama, pode-se ficar com a impressão de que ele obteve uma vitória “avassaladora”, tal o bombardeio midiático a seu favor. Com essa impressão ficará quem tenha acompanhado as eleições americanas sem restrições à avalanche de informações veiculadas. Aquele que fizer uma análise fria dos resultados constatará que não foi uma vitória “consagradora”.

O resultado: 53% X 46%. Ou seja, quase metade do eleitorado não foi na onda do “oba-oba” e, apesar de tudo, votou em John McCain. Se apenas 3% dos eleitores de Obama depositassem seu voto em McCain, teríamos um empate.

O suspeitíssimo momento em que o tsunami econômico atingiu os EUA

Por que afirmei “apesar de tudo”? Entre diversos fatores, cito dois:

Muitos analistas acreditam que se não fosse a crise econômica, eclodida praticamente às vésperas das eleições, Obama não ocuparia a Casa Branca em hipótese alguma. Alguns chegam a levantar suspeita sobre o momento da eclosão da crise econômica.

Kenneth Serbin, professor de História na Universidade de San Diego e autor de várias obras, afirma em seu artigo “Uma visão realista do vencedor”, publicado em “O Estado de S. Paulo” de 9-11-08:

“Mais importante do que a cor de Obama, é como ele ganhou. Uma análise do Instituto Gallup afirmou que a disputa entre Barack Obama e John McCain ‘foi extremamente competitiva durante boa parte do ano’, e Obama esteve freqüentemente em ligeira vantagem. McCain passou à sua frente no início de setembro e pareceu ganhar impulso, mas depois da maciça crise do crédito e do colapso das Bolsas, Obama abriu uma vantagem substancial.

O que chamou a atenção foi o relacionamento de Obama com entidades que ajudaram a provocar o pânico financeiro. Nos últimos dez anos, ele foi o segundo maior beneficiário de doações da Fannie Mae e do Freddie Mac, as corporações de crédito financeiro imobiliário que o governo encampou no início da crise. Obama recebeu US$ 126.349 em contribuições de campanha (McCain foi o 62º da lista, com US$ 21.550). O ex-presidente da Fannie Mae foi assessor de Obama até ser obrigado a renunciar ao cargo, em junho.

O deputado Rahm Emanuel, que será o chefe de gabinete de Obama, recebeu US$ 51.750 da Fannie e do Freddie. Emanuel, funcionário do governo do presidente Bill Clinton, com fama de ser democrata da linha-dura, ganhou US$ 16 milhões como executivo de bancos de investimentos que cuidavam de fusões e de aquisições. O próprio New York Times, que é pró-Obama, observou que Emanuel ‘é criticado por ter se mostrado demasiadamente aliado de Wall Street, lembrando que não é absolutamente essa a imagem que os democratas querem cultivar hoje em dia’.”

A suspeitíssima parcialidade da mídia

Sobre o segundo fator não há necessidade de estender-me muito, pois ele ficou evidenciado aos olhos de todos: a hegemonia da mídia “obamalatra”. Sinteticamente, Diogo Mainardi, em sua famosa coluna na “Veja” do dia 5 p.p., escreve:

“O ritmo de samba contaminou até mesmo a imprensa americana. Nas primeiras páginas dos jornais, Barack Obama recebeu 45% de cobertura positiva. John McCain, 6%. O New York Times comportou-se como o jornal de um senador maranhense, aderindo à campanha de seu candidato. Um jornal pode aderir à campanha do candidato que quiser. O que está errado é o empenho em abafar todos os fatos que possam criar-lhe algum tipo de constrangimento. Foi o que ocorreu neste ano nos Estados Unidos. Qualquer pergunta sobre Barack Obama foi caracterizada como uma forma de racismo, ou de asnice, ou de caipirice.”

Se a esses dois fatores somarmos a bilionária campanha democrata e a cerrada exploração da impopularidade do atual governo republicano, poderíamos imaginar que Obama obteria uma vitória esmagadora. Não foi o que aconteceu.

Oba! Oba! Obama salvará os EUA... salvará o planeta...

O mote de campanha do presidente eleito foi “mudança”... Para onde? Para melhor? Para pior? Havia um clima oposto a quem levantasse tal pergunta. Este seria acusado de ser “um estraga festas”. Estragaria aquela empolgação emocional, veiculada “ad nauseam” pela mídia.

Obama arrebatava as massas no momento de seus discursos. Entretanto, quem analisasse serenamente suas palavras, percebia a verborragia, o lengalenga de suas afirmações. Tudo vago, propostas inconsistentes e insípidas. Grande e inédito plano de governo? Grandes idéias? Nada! Mas a grande mídia se encarregava de interpretar tudo favoravelmente ao seu “eleito”, o “escolhido” pelos meios de comunicação esquerdistas para ser o novo “messias”, vindo da África para salvar a América.

Que passado teve esse “redentor” para nele se depositar tamanha esperança? Baseado em que motivos? Em sua carreira, que feitos extraordinários ele realizou para justificar essa auréola messiânica? Que planos prodigiosos revelou ele para o futuro dos Estados Unidos? Quais suas propostas regeneradoras? Nada! Absolutamente nada! Mera propaganda. Bilionária propaganda!


Vitória dos valores familiares na Califórnia, Arizona e Flórida

Nem tudo está perdido! Afinal, apesar da “obamalatria”, não se pode dizer que a maioria dos norte-americanos votou segundo as idéias marxistas e anti-família manifestadas pelo ex-senador Obama, como a de empenhar-se em facilitar ainda mais a prática do aborto nos Estados Unidos, favorecer o “casamento” homossexual, aprovar a manipulação de células-tronco embrionárias.

No mesmo dia 4 de novembro, em que os americanos escolheram seu novo presidente, ocorreram plebiscitos sobre a definição de matrimônio segundo a Constituição, na Califórnia, Arizona e Flórida. Nos três Estados, venceram as emendas constitucionais definindo o casamento como sendo unicamente entre um homem e uma mulher. O mesmo já havia ocorrido em 27 Estados — todos rejeitaram o pseudo-casamento entre pessoas do mesmo sexo. Aliás, uma questão tão óbvia que não se imaginaria que precisasse ser plebiscitada!

Em todo caso, a definição evidente venceu. Na Califórnia por 52,5% dos votos, no Arizona por 56% e na Florida por 62%. Essas vitórias dos valores da instituição familiar comprovam que há uma sadia parcela da opinião pública americana que não abre mão desses valores. Boa parte dela, mesmo tendo votado em Obama — pelas razões expostas —, não é favorável aos projetos defendidos por ele no Senado.

O tão repetido slogan “a mudança chegou” não obteve consentimento da maioria dos norte-americanos. Pelo contrário, ela como que afirmou: “não queremos mudanças que afetem os valores da família tradicionalmente constituída”.

A respeito, transcrevo notícia do “La Gaceta” (Espanha), intitulada “Ganhou o 'Não' ao “matrimônio” homossexual na Califórnia”, do dia 18 p.p.:

“O lobby homossexual sofreu um duro revés nas últimas eleições americanas. A eleição presidencial, com a vitória de Barack Obama, eclipsou as outras votações que se realizaram no mesmo dia. Entre outras, uma das mais importantes, a ocorrida no estado da Califórnia, ‘A Proposição 8’.” Trata-se do referendo a respeito da supressão do direito de pessoas do mesmo sexo contraírem matrimônio.

"Assim foi inserida na Constituição do estado uma nova cláusula na qual se estabelece que 'somente o matrimonio entre um homem e uma mulher é válido e reconhecido na Califórnia'.”

No mesmo sentido noticiou o “La Repubblica” da Itália, no dia 6 p.p., com o seguinte título: “Choque na Califórnia, adeus ao matrimônio homossexual”. O articulista, Arturo Zammpaglione afirma: “malgrado a vitória de Barack Obama e de suas posições reformistas, uma boa parte dos Estados Unidos permanece ancorada nos valores conservadores.”

Perguntar não ofende

Encerro com uma questão que me deixa perplexo. Obama teria sido o eleito se a hierarquia eclesiástica tivesse se empenhado muito mais em pregar os valores morais ensinados pela Igreja Católica? Ou seja, se os bispos e sacerdotes tivessem alertado todos os eleitores católicos, pregando claramente que não se pode votar em candidato que defenda o aborto e/ou o “casamento” homossexual, Obama teria galgado o Poder na nação mais poderosa do Planeta? Uma vez que pergunta não ofende, registro aqui minha indagação.

Deus salve a América!
PS: Antes de postar este artigo, fiz uma releitura e fiquei com certa impressão de que poderia surgir alguém objetando que notou traços de racismo neste texto. Assim sendo, reafirmo que em minha posição não entra nenhuma gota de racismo. Se McCain fosse negro (continuando com seus princípios anti-marxistas) teria meu apoio; se Obama fosse branco (continuando com suas idéias marxistas), não teria meu apoio. Não é a cor da pele que orienta minha opinião, mas a “cor” da ideologia.

4 de novembro de 2008

4 de novembro de 2008: será um dia de glória, ou um dia de luto para os Estados Unidos?

Encontrei hoje dois artigos muito interessantes sobre assuntos relacionados às eleições que ocorrerão amanhã nos Estados Unidos. Esses artigos encontram-se no boletim desta semana do “Population Research Institute” — uma organização anti-aborto, dedicada a desfazer as falsidades acerca de notícias sobre a chamada “explosão demográfica”, que visam favorecer o planejamento familiar. O primeiro artigo é de autoria de Steven W. Mosher (Presidente do “Population Research Institute”) e de Colin Mason (Diretor do mesmo instituto). O segundo é apenas da autoria de Steven Mosher.

A seguir, a tradução de trechos de ambos artigos, pois, no Brasil, a mídia esquerdista (um pleonasmo...) não os publicará — não tenho dúvida disso —, porque só sabem enaltecer o candidato Barack
Hussein Obama. Aliás, tal mídia esconde este segundo nome... Por que?

Se amanhã este candidato (de formação ideológica marxista, pró-aborto e pró-“casamento” homossexual) vencer as eleições, poder-se-á dizer, lamentavelmente, que o dia 4 de novembro de 2008 é um dia de luto para os Estados Unidos.

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Obama apóia o infanticídio

Steven Mosher e Colin Mason

“I think that whether you're looking at it from a theological perspective or a scientific perspective, answering that question with specificity is above my pay grade”. (“Acredito que se o considerar de uma perspectiva teológica ou de uma perspectiva científica, em ambos os casos, responder a essa pergunta com precisão está por cima de meu nível”).

Esta foi a resposta de Barack Obama à pergunta que lhe fez o Rick Warren realizada no Saddleback Fórum na Califórnia: “Desde que momento os bebês têm direitos humanos?”. Todos os assistentes puderam notar o terrível desconforto e tom evasivo da resposta.

A resposta frívola de Obama deveria ter provocado risadinhas no Simpósio de Harvard, mas no auditório de Saddleback não lhes fez nenhuma graça. Sabiam que Warren estava realizando uma pergunta séria, que merecia uma resposta séria. Um homem que provavelmente vai ocupar a Casa Branca, deve ser capaz de responder esse tipo de pergunta. Nenhum Presidentes anterior considerou uma pergunta como sendo “a cima de seu nível”. É por isso que Truman, por exemplo, mantinha uma placa sobre sua escrivaninha que dizia: “A responsabilidade é minha”. Se Obama conseguir a presidência, teria que colocar uma placa na sua escrivaninha com os dizeres: “A resposta à sua pergunta poderia estar por cima de meu nível”.

Mas nós acreditamos que existe mais do que apenas indecisão ou confusão perante a atitude evasiva de Obama. Não é que o Senador de Illinois não possa responder em que momento os bebês têm direitos humanos; é que ele não os dará. Fundamentalmente, porque Obama já votou como Senador para negar alguns direitos a alguns recém-nascidos. O que queremos dizer é que, dado que na Assembléia Legislativa de Illinois já votou contra uma lei que protegia bebês que sobrevivem ao procedimento do aborto. Portanto, é impossível não entender isto como um voto a favor do infanticídio.

A Lei de Proteção para o Bebê que nasce vivo (Born Alive Infant Protection Act-BAIPA) foi necessária porque nos abortos tardios, alguns daqueles bebes destinados à execução, sobreviviam. De outra maneira, estes sobreviventes ao aborto seguiriam sendo jogados no lixo para que morram sem nenhuma compaixão. Nancy Creger, uma antiga enfermeira de Atlanta e amiga de muitos anos do Population Research Institute, foi primeira em colocar luz nesta prática em começos dos anos 80. Ela descobriu que 14 bebês tinham nascido vivos e posteriormente “lhes foi permitido” morrer no Hospital Midtown — famoso, porque não realiza outra coisa mais do que abortos. Creger estava horrorizada com esta informação. Ela escreveu mais tarde que “os funcionários encarregados de ´Vital Records´ e alguns outros estavam ansiosos de publicar esta informação. Proporcionaram-me muitas cópias dos certificados de falecimento. Levei-os à minha casa e pulverizei 14 deles no chão de meu dormitório, então comecei a chorar, chorei com raiva e com dor”.
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Jill Stanek (foto) lutou bravamente para que as crianças nascidas vivas em abortos fracassados fossem protegidas por uma Lei. Porém, enfrentou a oposição tenaz de um legislador de nome Barack Obama. Este votou contra a aprovação da lei e o projeto foi arquivado.


Anos depois, a enfermeira Jill Stanek descobriu uma prática similar no Hospital Christ em Oak Lawn, Illinois. Os bebês que nasciam vivos, literalmente, eram jogados no lixo para morrer. Ela trabalhou pela lei de Proteção a Sobreviventes do aborto em Illinois. Porém, enfrentou a oposição tenaz de um legislador de nome Barack Obama. Este votou contra a aprovação da lei e o projeto foi arquivado.

Em 2000, um projeto de lei similar foi apresentado à Câmara e Senado dos Estados Unidos. A Lei de Proteção para estes bebês sobreviventes ao aborto. Cedendo à pressão pública, quase todos os membros pró-abortistas da Câmara votaram a favor do Projeto. Nenhum — nem aqueles que tinham apoiado o aborto incondicionalmente durante anos — queriam estar registrados como favoráveis a infanticídios. O projeto foi aprovado na Câmara com uma margem de 380 x15. Mas depois morreu no Senado.

Quando se conheceu publicamente o voto de Obama na Assembléia Legislativa de Illinois, este começou a “fabricar” uma versão mais aceitável do que na realidade tinha acontecido. Ele insistiu que a única razão pela qual votou contra a versão inicial do “Projeto de lei de Proteção para o Bebê que nasce vivo” foi porque o projeto carecia da “cláusula de neutralidade”. Infelizmente para Barack Obama, isto resultou não ser verdade. De fato, o registro oficial mostra que antes de emitir seu voto, já a “cláusula de neutralidade” tinha sido incorporada ao projeto de lei. O pior é que, ainda com a inclusão da cláusula, Obama votou contra esse Projeto em qualquer modo. Sua “versão”, de que seu voto se apoiou na falta da “cláusula de neutralidade”, provavelmente, foi a falta de memória, mas poderia muito bem ser uma mentira completa.

Todos estes detalhes foram documentados exaustivamente pelo “Comitê Nacional do Direito à Vida” e posteriormente verificado pelo FactCheck.org. Os detalhes completos estão disponíveis em: http://www.nrlc.org/ObamaBAIPA/Obamacoveruponbornalive.htm

Para piorar o assunto, quando Obama forjou a informação de seu próprio registro, que foi tornado público pelo “Comitê Nacional do Direito à Vida”, ele procurou desviar a atenção sobre os fatos e a atacar: “O “Comitê Nacional do Direito à Vida” não disse a verdade”, gritava em uma entrevista à CNN. “Detesto dizer que as pessoas estão mentindo, mas aqui há uma situação onde estão mentindo”.

Ao que o “Comitê Nacional do Direito à Vida” respondeu: “Ou nos acusa de falsificar documentos ou deve admitir que mentiu sobre seu registro de voto”. Até hoje, Obama não respondeu, possivelmente esperando que o assunto simplesmente caia no esquecimento.

O movimento pró-vida não deveria permitir que isto aconteça.

Que Obama seja tão condescendente com o lobby pró-aborto, como para não mexer nem um dedo para ajudar às pequenas vitimas do aborto que estão lutando por sobreviver, o torna o mais radical político a favor do aborto — mais do que qualquer outro senador, incluindo a Hillary Clinton. Isto explicaria o porque não votou simplesmente “presente” no projeto do Lei de Proteção para o Bebê que nasce vivo, tal como o fez em muitas outras leis polêmicas. Estava muito ocupado tratando de congraçar-se com a indústria do aborto, possivelmente com a idéia de postular-se para o Senado de Illinois que mas tarde ganhou.

Confiar a direção da maior nação do planeta, junto com o controle do FBI e o Departamento de Tesouraria dos Estados Unidos, a alguém que não acredita que os norte-americanos são dignos de proteção e persegue a seus caluniadores, é motivo de séria reflexão...

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Sarah Palin, uma autêntica norte-americana

Steven W. Mosher

Na esquina da Euclid e Foothill Boulevards em Upland, Califórnia, EUA, levanta-se a estátua de uma mulher pioneira (foto abaixo). Ela avançando firme, com um bebê em seu braço esquerdo, tem rifle no direito. Também se vê um menino agarrado à barra de sua saia, para sentir-se protegido.
Com uma altura aproximada de 3 metros, levantada sobre uma base de dois metros e meio, a imponente estatua de granito representa a formidável tenacidade que se assentou nas grandes planícies e na Costa Oeste. Mas é o caráter expresso na face da mulher o que verdadeiramente chama a atenção. É a face bondosa e sincera de uma mulher que assume suas responsabilidades e as enfrenta, confiando em Deus.

A “Dama do Caminho” (Madonna of the Trail) é o nome da estátua. E pensava nela enquanto lia todos os gritos e insultos que lançavam os democratas e seus aliados à candidata Sarah Palin nos meios de comunicação. As tergiversações em seu histórico, caçoando e colocando de forma ridícula a sua formação e os ataques descarados à sua família, alcançaram proporções incríveis. As diferenças entre a gestão e o orçamento de sua gestão de comissionada de segurança as comparam com o escândalo do Watergate. Bill Maner, comentarista esquerdista ridiculariza seu filho que tem síndrome de down. O próprio senador Obama insinuou que a Governadora Palin é uma “porca”. Ele nega, é obvio.

O que tem esta valente mulher que faz com que a esquerda a considere tão perigosa, a ponto de tentar destruí-la a qualquer custo? Assim é a política — poder-se-ia repetir pela enésima vez. Estou seguro que a campanha de Obama e o Partido Democrata, apoiados por seus amigos dos meios de comunicação esquerdistas, acreditam que se pode destruir a reputação desta popular governadora, e assim atingir John McCain.

Mas ainda há mais. Parece que as feministas radicais estão muito complexadas com o sucesso da Governadora Palin. O mais sintomático são as reações de duas de suas estrelas midiáticas, as apresentadoras de “talk shows”, Ophra Winfrey e Whoopi Goldberg. Oprah detesta tanto a Palin que finge que ela não existe. A posição de Whoopi de "The View” é simplesmente desconcertante. Por um lado, não deixa de falar de Palin dizendo coisas como “fez um discurso realmente assombroso, muito enérgico! É uma garota corajosa e linda, e é uma mãe e todas aquelas coisas maravilhosas que deveríamos estar festejando, penso que celebramos todas estas coisas em uma mulher”. Mas por outro lado, descreve a Palin de forma muito sinistra como “uma mulher muito perigosa”.

Perigosa? Que ameaça representa Sarah Palin? Para quem?

Em primeiro lugar, Palin ameaça a imagem que as feministas radicais têm de si mesmas. As feministas dizem que as mulheres jovens poderiam ter tudo: profissão, matrimônio e família, no momento e nos termos que desejarem. Entretanto, a realidade as contradiz. Tarde, muito tarde, elas se dão conta que a dedicação completa a uma carreira profissional que se supõe as tornariam independentes, finalmente as escraviza. Ou que a convivência com um namorado com quem se deveriam casar, terminou quando este as abandona por outra mais jovem. Muito tarde também se deram conta que os corpos de seus pequenos bebês foram destruídos em clínicas de aborto.

Neste contexto de desilusão e para piorar as coisas, aparece a bela e brilhante governadora de Alaska, que conta com uma carreira política bem-sucedida, um marido fiel e uma família grande e formosa. Ela parece ser a concretização viva do sonho feminista: é possível ter tudo. Quase desesperadamente olham através do espelho de sua alma, com a esperança de alcançar a ver algo delas mesmas, só para descobrir com horror que Sarah Palin não é uma delas. Palin, pelo contrário, é uma genuína criadora da “Cultura de Vida”, que entre outras coisas evitou um aborto para dar a luz um menino com síndrome de down. É uma defensora do matrimônio tradicional, uma conservadora, que acredita no governo local, e é membro ativo da “National Rifle Association” (Associação Nacional do Rifle.)

Não estranha que as feministas se sintam furiosas e traídas.

Mas Sarah Palin não somente é uma ameaça para a imagem das feministas radicais. Ela também é uma grave ameaça para todo o movimento pró aborto e principalmente para o futuro do Partido Democrata. depois de tudo, se for escolhida como Vice-Presidente, converter-se-á em um modelo para a geração de mulheres jovens. Poderia ser o maior desgosto para um movimento que já está encontrando dificuldades para atrair aderentes jovens. Ela ameaça também um partido político que conta com feministas como tropa de infantaria. Precisamente, é “perigosa” porque redefine o significado da feminilidade longe do tipo feminista radical.

Era muito usual a existência de muitas mulheres assim na América do Norte. A classe de mulheres que cruzaram as grandes planícies levando um bebê em uma mão e um rifle na outra. Estas foram as mulheres que cresceram na fronteira para converter-se em adultas fortes, capazes de disparar em um veado com a mesma facilidade com a que trocavam uma fralda. Mulheres que colocaram em primeiro lugar à família e sabiam que pelo contrário seriam sempre as primeiras nos corações de seus maridos e filhos. Mulheres que se empenharam na construção de Igrejas e colégios tanto como em abrir associações benéficas e hospitais.

Mas vocês dirão que hoje não temos este tipo de fronteira, que faz mais de cem anos se colonizou os Estados Unidos de um extremo a outro da América do Norte, do Atlântico até o Pacífico. Aquele capítulo da história norte-americana é um livro fechado, e poderia dizer-se que as maravilhosas e resistentes mulheres que a povoaram não são mais do que pó e lembranças.

Bom, agora com Sarah Palin, não totalmente.

Resulta que atualmente existe ainda uma fronteira a mais desde 1948, para o norte e noroeste. Onde mais poderia uma mocinha chamada Sarah acordar às 3h para acompanhar a seu pai a caçar alces, desenvolvendo um gosto pelos hamburguês de alce ou viajar de trenó através dos agrestes nevados? Do Alaska, a fronteira final da América do Norte, chega uma mulher valente e determinada, que parece ter tanto um espírito absolutamente pioneiro, e muita coragem, tanta como a dos nossos antepassados.

Doze estátuas da “Dama do Caminho” adornam os povos dos caminhos que levaram nossos ancestrais ao oeste. Mas sugiro que podemos acrescentar mais uma. A praça municipal de Wasilla, Alaska, parece-me seria o lugar perfeito.