9 de abril de 2009

A FÁBULA DAS TRÊS ÁRVORES

Estando em plena Semana Santa, faremos uma trégua (a “trégua de Deus”) em nosso combate publicando matérias contra os fatores de desagregação da família — como o aborto, eutanásia, homossexualiso, divórcio etc. —, para uma reflexão a respeito da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não sei se já ouviram falar da lenda das “Três árvores”, mas ela serve-nos de “gancho” para uma importante meditação: Quantas e quantas vezes fazemos grandes planos, sonhamos alto; entretanto, vemos nossos sonhos fracassarem; mas, por fim, eles acabam por se realizar, até mesmo de modo superior aos nossos planos iniciais, pois realizam-se os planos estabelecidos por Deus.

Assim, com meus votos de uma abençoada Semana Santa e uma Feliz Páscoa, desejo a todos os leitores desse “Blog da Família” uma leitura meditativa da “Fábula das Três árvores”. Procurei por seu autor, mas não o encontrei, portanto, certamente de autoria de alguém que preferiu ficar no anonimato.


Havia, no alto da montanha, três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes. A primeira, olhando as estrelas, disse:

— “Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada”.

A segunda olhou para o riacho e suspirou:



— “Eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas”.

A terceira árvore olhou o vale e disse:

— “Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus”.

Muitos anos se passaram e, certo dia, vieram três lenhadores, pouco ecológicos..., e cortaram as três árvores, todas ansiosas em ser transformadas naquilo que sonhavam.

Mas lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos!... Que pena!




A primeira árvore acabou sendo transformada num coxo de animais, coberto de feno.



A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.




E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em grossas vigas, jogadas num depósito.

E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes:

— “Para que isso? Nossos sonhos não se realizaram! Fracassamos!

Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu recém-nascido naquele coxo de animais.

E, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo...

A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando um Homem que acabou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou a pequena embarcação, o Homem levantou-se e disse: "Paz!". E, num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei dos Céus e da Terra. Tempos mais tarde, numa sexta feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um Homem foi pregado nela. Sentiu-se, então, horrível e cruel. Mas, logo na aurora do Domingo, a terceira árvore soube da Ressurreição d´Aquele Homem. Ela entendeu que nela havia sido pregado um Homem para salvação da humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de Deus e de Seu Filho Jesus Cristo ao olharem para ela.

As árvores haviam tido sonhos... mas as suas realizações foram mil vezes mais sublimes do que haviam imaginado.
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Diletos Amigos, nossos sonhos e planos, por vezes, também não coincidem com os planos que Deus; e, quase sempre, somos surpreendidos com Sua generosidade e misericórdia.

Quando as coisas parecerem estar acontecendo como não gostaríamos, tenhamos sempre esta certeza: Deus tem outros planos para nós — bem mais elevados do que aqueles que imaginávamos.

Nesta Semana Santa, contemplando Nosso Senhor Jesus Cristo cravado no alto da Cruz — aparentemente um enorme fracasso —, consideremos Sua Vitória: Ele, morrendo na Cruz, venceu a morte, seu precioso sangue redimiu a Humanidade, abriu as portas do Céu. E meditemos nisso: O importante é compreendermos que tudo vem de Deus. Tenhamos firme confiança nEle, pois o Criador sabe muito bem o que é melhor para cada um de nós.

3 comentários:

Francisco José disse...

Muito interessante. Estou transcrevendo no meu blog CINZAS QUE CHORAM

Anônimo disse...

Tres Árvores. Belíssimo conto. Recomendo que todos leiam. Parabéns ao Sr. Paulo Roberto Campos.
Euclydes Addeu

Unknown disse...

De nada adianta um planejamento se nao for para a glória de Deus!

Muito bom conto!

Rafael Klais