24 de abril de 2010

“Obrigado por não ter-me abortado”

“Busco a mi mamá” (“Procuro a minha mãe”) — Este o nome da página criada no site de relacionamentos Facebook por Mauricio Barrios [foto], um argentino de 23 anos residente na província de Córdoba. Segundo ele, além da família que o adotou e com a qual reside, 25 mil pessoas se uniram à campanha na rede social para tentar ajudá-lo a encontrar sua mãe.

Por meio da Internet, finalmente ele encontrou a mãe, hoje com 50, que o havia abandonado num hospital no dia 1º de janeiro de 1987, logo nos primeiros dias do bebê.

Mauricio disse que, há uma semana, apareceu uma amiga de sua mãe biológica e contou-lhe que ela morava em Villa del Totoral.

No dia 17 último, o jovem pode conversar por telefone com sua mãe, que, muito emocionada, disse-lhe: “Meu filho, sou eu, tua mamãe. Não me odeie. Perdoe-me. Recordei-me sempre de ti, nunca te esqueci”.

O jovem marcou o reencontro para o dia seguinte. Logo após tê-la abraçado, disse-lhe: “Obrigado por ter tido a valentia de dar-me a vida e não ter-me abortado”.

Ao jornal argentino “Clarín”, Mauricio Barrios declarou: “Senti-me pleno, nunca tinha experimentado a serenidade da alma. Por fim pude fechar minha história. [...] O único que atinei a dizer-lhe foi que estava tudo bem e que eu a perdoava”.

Diante das câmeras de televisão da Argentina, ele afirmou: “Ela me abraçou, pediu desculpas, e eu a desculpei e lhe agradeci por ter-me deixado nascer, ela não me abortou”.

(Cfr. “BBC”, 20-4-10 e “ACI”, 20-4-10)
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Eis um bonito exemplo para usarmos contra a freqüente objeção daqueles que defendem o aborto em casos de "nascimentos indesejáveis" pela mãe (por exemplo, em casos de estupro ou à alegada impossibilidade de criar o filho devido à extrema pobreza).

O estupro é um crime hediondo, mas matar o inocente nascituro é um crime ainda maior. Deve-se severamente punir o estuprador e não o inocente. Certas organizações, e mesmo o Estado, em vez de facilitar o aborto, deveriam facilitar a adoção do bebê, por famílias ou instituições. Assim, salva-se a criança e também a mãe que, se optasse pelo aborto, além do gravíssimo pecado, passaria o resto de sua vida com traumas (as chamadas “síndromes pós-aborto”), devido à execução do filho que ela gerou.

22 de abril de 2010

Marcha Contra o Aborto em Bruxelas


  • Heitor Abdalla Buchaul (*)

No último dia 28 de março, em Bruxelas, cerca de 3000 pessoas, participaram da Marcha pela Vida, por ocasião dos 20 anos da nefasta lei que despenalizou o aborto na Bélgica.

A marcha silenciosa, em sinal de luto pelas milhares de vítimas do aborto, qualificado por um dos oradores, como o maior holocausto da História, estendeu-se da Place Royal até o Palácio da Justiça.[foto]

A Marcha foi iniciativa de um grupo de estudantes, cujos participantes contavam entre de 18 a 21 anos, notando-se uma presença maciça de jovens, enquanto uma pequena manifestação contrária ocorria ao longe, composta por vetustos esquerdistas.

O ponto alto da manifestação foi uma mensagem do novo arcebispo de Malines-Bruxelas Monseigneur André-Joseph Léonard, [foto] que leu mensagem de apoio enviada por D. Cardoso Sobrinho, felicitando a todos os participantes e prometendo orações. Havia grande número de religiosos e religiosas, além de padres diocesanos.




A delegação da entidade francesa Droit de Naître [foto] juntou-se aos numerosos jovens vindos de outros países, notadamente da Alemanha, Áustria, Itália, Irlanda, Holanda, Polônia, Espanha, além de participantes dos Estados Unidos, Brasil e Congo.

No final da marcha, em frente ao Palácio de Justiça, o depoimento de uma jovem americana chamou a atenção: ela é fruto de um abuso de um pai em relação à própria filha, ou seja, filha do próprio avô, tendo afirmado: “Se alguém pensa que num caso assim deve haver direito à vida ou não, olhem-me...”.

No encerramento, discursou o jovem estudante e principal organizador Michel de Keukelaere, que incentivou a todos a lutarem em prol da vida em seus meios e países e a retornarem na próxima marcha, no dia 27 de março de 2011.

Mais de mil rosas foram distribuídas e depositadas nas escadas do Palácio de Justiça. Eram brancas e vermelhas, simbolizando pureza, honestidade, como também sangue derramado e combate!

13 de abril de 2010

O esdrúxulo encontro

No dia 21 de dezembro de 2009, o ato de lançamento do PNDH-3 (Fotos: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)

• Paulo Roberto Campos
E-mail:
prccampos@terra.com.br

Intitulada “Via sacra”, uma breve notícia na coluna da Mônica Bérgamo (“Folha de S. Paulo”, 30-3-10) diz muito em poucas linhas. Mas suscita indagações. Em estilo “curto e grosso”, a renomada jornalista escreve:

“A ministra Dilma Rousseff, que já disse que ‘aborto é uma questão de saúde pública’ para defender a legalização, vai se encontrar com bispos católicos, depois da Páscoa, para discutir o tema. O vereador Gabriel Chalita (PSB-SP), que tenta se lançar ao Senado com apoio do PT, é um dos interlocutores da reunião. Os cardeais de São Paulo, dom Odilo Scherer, e do Rio, dom Orani Tempesta, estão entre os 50 clérigos convidados”.

Também procurando ser “curto e grosso”, comento: A ministra é favorável ao aborto. A Igreja Católica é categoricamente contrária ao aborto. O novo “Programa Nacional de Direitos Humanos” (PNDH-3), assinado por Dilma Roussef [foto], defende a legalização do aborto “considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos”. Também julga a matança dos inocentes um “direito humano” e — exatamente como a ministra — “uma questão de saúde pública”.

O ministro Paulo Vannuchi, um dos principais mentores do PNDH-3

A Igreja Católica sempre considerou o aborto como uma evidente violação do 5º Mandamento da Lei de Deus (“Não Matarás”). De acordo com o Catecismo, o aborto é um pecado gravíssimo que brada aos Céus e clama a Deus por vingança. Portanto, o encontro “com bispos católicos” seria uma reunião entre quem defende a morte do nascituro no seio materno e aqueles que devem defender “o valor sagrado da vida humana desde o seu início até o seu termo” — conforme afirmou o Papa João Paulo II em sua encíclica Evangelium vitae (1995).

Ainda na mesma encíclica o Papa condena nos seguintes termos quem defende a “legalização do aborto”: “Nenhuma circunstância, nenhum fim, nenhuma lei no mundo poderá jamais tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito, porque contrário à lei de Deus, inscrita no coração de cada homem, reconhecível pela própria razão e proclamada pela Igreja”.

No dia da assinatura do PNDH-3. No centro, da esquerda para a direita, Vannuchi, Dilma e Lula

Então, qual a razão de um encontro de uma Ministra, que defende o aborto, com pastores, cuja missão natural, e também sobrenatural, é defender de todos os modos e sem exceção a vida inocente?

Entre várias suposições possíveis de se fazer, trago à baila duas. Imaginem que ambos os lados adotem a política do “ceder para não perder” — o governo se comprometeria a fazer alguns recuos no PNDH-3, enquanto os pastores se comprometeriam a não atacá-lo por inteiro e veementemente.

Ou um outro acordo: a ministra cederia na questão do aborto, retirando-a do PNDH-3, em troca de os pastores não atacarem as outras inúmeras aberrações contidas no Programa. Por exemplo, a sovietização de nossos campos através de uma Reforma Agrária radical bafejada por órgãos da CNBB a reboque dos quais atua o MST.

Terá esse encontro o desfecho merecedor da reprovação feita por Churchill à política entreguista de Chamberlain em relação aos nazistas: “Tínheis a escolher entre a vergonha e a guerra: escolhestes a vergonha e tereis a guerra”? Quem viver, verá!

Rezemos para que o esdrúxulo encontro não traga como resultado uma vergonhosa derrota dos defensores naturais da ortodoxia e da moral, por terem preferido ceder em vez de lutar. E seja, pelo contrário, o de lutar para vencer!

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Mobilização Nacional contra o PNDH-3

www.ipco.org.br

Convido os leitores deste blog, preocupados com os rumos que o País está tomando em direção a uma radical sovietização, a engajarem-se na importante campanha promovida pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, contra o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).

Lançado pelo governo Lula às vésperas do último Natal, tal programa, caso venha a ser aprovado no Brasil, corresponde à implantação no País de uma implacável perseguição religiosa, sob pretexto de “Direitos Humanos”.

Acessando o site em epígrafe, clique na figura das mãos segurando o terço. Assim, o leitor poderá enviar seu “cartão amarelo” a todos os Senadores e Deputados Federais manifestando suas preocupações com os graves riscos de “cubanização” do Brasil com a implantação do
obscurantísta e jurássico PNDH-3.

Não deixe para amanhã, envie o quanto antes sua advertência aos nossos representantes em Brasília. É muito fácil e rápido.

www.ipco.org.br