28 de setembro de 2011

ABORTO — Rejeitado no Liechtenstein

Uma boa notícia favorável à instituição familiar nos chega do Principado do Liechtenstein. Este Estado da Europa Central — encravado nos Alpes entre a Áustria e a Suíça — é soberano desde 1806 e, apesar de pequeno (o quarto menor da Europa), é um dos Estados mais ricos do mundo. 


A população liechtensteinense votou contra a descriminalização do aborto, não obstante a intensa campanha abortista, não apenas no país, mas em muitas nações que compõem a União Europeia. Assim, enquanto a Europa tende para o envelhecimento (devido à política pró-aborto) o Liechtenstein tende a ser um país jovem. 


Eis a notícia — que a mídia brasileira só destacaria se o resultado do referendo fosse favorável ao aborto — publicada pela “Rádio Vaticana”: 
Em referendo Liechtenstein rejeita o aborto
Radio Vaticana, terça-feira, 20 de setembro de 2011 
ROMA — Com 52,3% dos votos “não” e 47,7% “sim”, os cidadãos de Liechtenstein rejeitaram a descriminalização do aborto.
Apesar de uma campanha internacional a favor do aborto e de sondagens que previam uma vitória pró-liberalização do aborto, os cidadãos de Liechtenstein opuseram-se em maioria. Atualmente, o aborto é proibido no Principado e é punível com até um ano de prisão, mesmo se realizado no exterior. Durante anos não houve condenações.
O projeto de lei proposto no referendo era a despenalização do aborto nas primeiras 12 semanas, com uma mudança no Código Penal, solicitando o direito ao aborto após esse período, se o feto apresentasse um sério risco de deficiência física ou mental.
Apenas uma minoria no parlamento aceitou a iniciativa de legalizar o aborto. Em Agosto, o príncipe herdeiro Alois tinha votado contra a liberalização do aborto.
[Foto: Príncipe Alois de Liechtenstein por ocasião de seu casamento, em 1993, com a Duquesa Sophie da Baviera]
Mesmo a Igreja Católica tinha expressado a sua oposição. Por ocasião do Dia Nacional, o Arcebispo Wolfgang Haas de Vaduz recusou-se a presidir a missa como um protesto contra o aborto. Agora que o referendo foi rejeitado, o Partido União Patriótica e o Partido Burguês Progressista anunciaram que devem propor uma emenda ao Código Penal. Aborto será banido, mas deixará de ser punível se realizado no exterior. (RB)
 [Foto: Mons. Wolfgang Haas, arcebispo de Vaduz (capital)] 

Um comentário:

Toshiyo disse...

É uma ótima notícia essa da rejeição do aborto no referendo, mas é ruim a notícia de que aquilo que é, até o momento, punido se feito mesmo no exterior deixará de sê-lo. Não acha?
Em todo caso felicito este blog por esta informação, mas lutar para continuar sendo punido mesmo se feito em outro país, uma vez que tudo ali é muito perto e facilmente se vai ao estrangeiro.