22 de dezembro de 2011

“TRÉGUA DE NATAL”


Paulo Roberto Campos

No Natal de 1914 — portanto, durante a Primeira Guerra Mundial —, exércitos inimigos digladiavam-se ferozmente. Mas, no entardecer daquele magno dia da Cristandade, afundados em suas trincheiras, os soldados alemães começaram a cantar o “Stille Nacht, Heilige Nacht” (Noite Feliz). 

Ao ouvirem aquela tão doce melodia — uma canção vinda do Céu —, os inimigos encostaram suas armas. Os sons dos fuzis e as explosões das bombas foram substituídos pelos cânticos natalinos, pelas gaitas-de-fole dos ingleses e pelos sinos de uma Igreja a repicar alegremente celebrando o Nascimento do Menino Jesus. Era a “Trégua de Natal”! As tropas passaram aquela evocativa noite, iluminada pelas estrelas e pelas velas acesas, em serena e santa paz... 

Analogamente nosso blog — cujas matérias em 2011, pela ajuda e graça de Deus, talvez algumas tenham tido o efeito de “bombas” contra os adversários da instituição familiar na Terra de Santa Cruz — também fará a sua “Trégua de Natal”. Contudo, o nosso “cessar-fogo” terá uma condição: se ocorrer alguma traição, cessa o “cessar-fogo” e voltaremos ao campo de batalha da polêmica em defesa dos valores da família!

Celebraremos o Santo Natal, mas estaremos vigilantes, pois nossos adversários são velhacos em aproveitar a “calada da noite” para fazer espúrios “acordos” e investidas contra a instituição familiar e “apunhalar” assim a moral católica. Como aconteceu recentemente, aliás, com a tentativa de aprovação da perversa “Lei da homofobia” (persecutória à família) e com a aprovação da “Lei da palmada”, a qual equivaleu a um tapa na cara dos pais de família. “Aprovação” velhaca, diga-se de passagem, pois não se deu no Plenário da Câmara dos Deputados, mas numa simples comissão, praticamente no “apagar das luzes” de 2011.

Revivamos então, diletos Amigos, na “Santa Trégua de Deus”, o verdadeiro espírito e as alegrias de Natal. Faz-se para isso muito conveniente uma adequada decoração natalina que destaque o Presépio junto à árvore de Natal e não “divinize” a figura — caricata e comercial — do “Papai Noel” que, em muitos lares, tem “sequestrado” o Divino Menino Jesus... ou ocupado o Seu lugar!

De todo coração, agradecendo o apoio aos nossos embates, assim como as críticas construtivas que ao longo desse caótico 2011 recebemos, desejo a todos os seguidores e leitores do Blog da Família um Santo e Feliz Natal e um Ano Novo especialmente abençoado e de grandes realizações. 

Que a Sagrada Família, Jesus, Maria e José, reinem sempre em vossos lares.

18 de dezembro de 2011

Para São Pio X um “acordo” com opositores da Igreja seria impossível

A propósito do post abaixo ( O “desmentido” que não desmente ), recebi um texto que considerei como um presente de Natal. Agradecendo o “regalo”, aqui desejo compartilhá-lo com nossos leitores. 


Refere-se a um trecho extraído da “Encíclica Communium Rerum”, do grande Papa São Pio X [foto acima]. Tendo feito a leitura, suponho que se poderia tirar uma conclusão e fazer uma analogia com o tema do mencionado post. Como seria diferente (para muito melhor, é claro) a situação da Igreja e do Brasil, bem como a força dos católicos, se o clero brasileiro seguisse o magnífico exemplo de São Pio X. Como utilizando, em defesa da moral católica, a linguagem firme e clara daquele Santo Pontífice. Entretanto, muitos preferem não empregar a linguagem d“sim, sim; não, não” — preferem ceder para não perder... Em vez de lutar para vencer!


Um escritor afirmou: “O Brasil e o mundo não precisam de grandes sábios, precisam de grandes santos”... 


Dileto leitor, leia o trecho abaixo e tire suas conclusões. Se desejar, deixe sua apreciação, clicando no item “comentários” no final. 


"Estão muito equivocados os que acreditam possível e esperam para a Igreja um estado permanente de plena tranquilidade; porém, é pior, e mais grave, o erro daqueles que se iludem pensando que alcançarão essa paz efêmera mediante a dissimulação dos direitos e interesses da Igreja, sacrificando-os aos interesses privados, diminuindo-os injustamente, comprazendo ao mundo, ‘no qual domina inteiramente o demônio’ (I Jo V,19), com o pretexto de captar a simpatia dos fautores de novidade e atraí-los à Igreja, como se fora possível a harmonia entre a luz e as trevas, entre Cristo e o demônio. Trata-se de sonhos doentios, de alucinações que sempre ocorreram e ocorrerão enquanto houver soldados covardes que deponham as armas à simples presença do inimigo, ou traidores que pretendam a todo custo fazer as pazes com os opositores, a saber, com o inimigo irreconciliável de Deus e dos homens”. (Encíclica Communium Rerum, de 21 de abril de 1909).

10 de dezembro de 2011

Resultado da sessão na CDH do Senado — Uma vitória e um recuo estratégico: adiamento da votação da “Lei da homofobia”

Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal adia votação do PLC 122/2006 (a “Lei da Homofobia” ou “Lei do Zipper”). A senadora petista Marta Suplicy (à esq. de costas), percebendo que não obteria maioria, pediu reexame do projeto — que bem merece o 1º lugar... na lata de lixo. 
Fotógrafo: Lia de Paula / Agência Senado 08/12/2011

Mais uma batalha vencida: votação do PLC 122 é adiada 


Daniel F. S. Martins


Após uma verdadeira chuva de e-mails que os participantes do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira enviaram entre ontem e hoje aos senadores contra o PLC 122, a senadora Marta Suplicy, relatora e principal defensora do projeto, viu-se obrigada a adiar a discussão para “tentar conseguir um acordo para retomar a tramitação da proposta” (Agência Senado, 8/12).

O projeto está completando 10 anos (sic!) e não consegue ser aprovado… Será que os defensores da lei querem uma evidência maior de que seu projeto é contrário ao sentimento da população, majoritariamente cristã e oposta à agenda homossexual?

Por que não arquivam de uma vez por todas? Simplesmente por que eles querem passar por cima de quem lhes é contrário. E se recuam, é para daqui a pouco conseguirem seus objetivos.

Veja o que, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, disse a senadora Marta Suplicy sobre o recuo feito em seu último texto: “A senadora reconhece que não se trata da proposta ideal, mas sim, de ‘um passo importante para avançar na matéria’”.

Portanto, não nos enganemos: em breve eles voltarão à carga, com este e outros projetos, cada vez mais radicais e persecutórios.

Mas que eles não se enganem: voltaremos nós também, com o auxílio de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, cuja festa se comemora justamente hoje!

P.S.: Detalhe importante que está passando desapercebido: na mesma sessão da Comissão de Direitos Humanos do Senado, tentaram aprovar um outro projeto abominável: a legalização do aborto de anencéfalos, o PLC 50/2011. A votação também foi adiada. Vamos rezar e agir para que também esse projeto, daqui a dez anos, ainda esteja engasgando…

8 de dezembro de 2011

O “desmentido” que não desmente

Em 2-6-11, gigantesca manifestação na Capital Federal contra a "Lei da homofobia" (PL 122)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom  ABr 

Paulo Roberto Campos

No post abaixo, afirmei que a notícia do “acordo” entre a CNBB e a senadora Marta Suplicy para a aprovação da “Lei da homofobia”, divulgada pela mídia, exigia — caso não tivesse havido acordo algum — um desmentido “urgente e taxativo” por parte daquele órgão eclesiástico. 


Hoje pela manhã recebi um e-mail de meu amigo Flávio Matihara, encaminhando-me o “esclarecimento” que, à guisa de desmentido, fez a CNBB. Ele se encontra no site da entidade (http://www.cnbb.org.br/site/) e intitula-se: “Nota de esclarecimento sobre projeto de criminalização da homofobia”. Vejam a nota [click na imagem no final]  e observem que ela não esclarece por que a CNBB não aproveitou a “audiência, no dia 1º de dezembro de 2011”, para então pedir à senadora que desistisse definitivamente de seu infame “Projeto de Lei 122/2006”, por ser ele tão contrário às Leis de Deus e até mesmo restringir a liberdade religiosa e de expressão.


Afirma a nota: “A presidência da CNBB não fez acordo com a senadora, conforme noticiou parte da imprensa. Na ocasião, fez observações, deu sugestões e se comprometeu com a senadora a continuar acompanhando o desenrolar da discussão sobre o projeto”. Mas não diz que observações e que sugestões teria feito à senadora petista... No entanto, Marta Suplicy saiu bem contente do encontro, a tal ponto que falou do fechamento de um “acordo” com a CNBB. Sobretudo — o que também causa MUITA ESTRANHEZA — a nota não manifesta NENHUMA REPULSA à aberrante “Lei da homofobia”, como se o projeto fosse um outro qualquer, que não atentasse profundamente contra a moral católica. 


A nota termina manifestando a disposição da Igreja em “combater todo tipo de discriminação”. Ora, para isso não precisa da “Lei da homofobia”. Além de persecutória, seria uma lei completamente inútil, pois nosso Código Penal já protege TODOS os cidadãos contra discriminações, defendendo-os de qualquer agressão. 


Para fundamentar o que afirmo, eis o que, em artigo no “Jornal do Advogado” (edição Março/2011), diz a Dra. Helena Lobo da Costa, advogada e professora de Direito Processual Penal na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo: 

  • “Ofender a dignidade ou o decoro de outra pessoa, pratica crime de injúria, previsto em nosso Código Penal no artigo 140. Se, na prática de injúria, for empregada violência, configura-se a denominada injúria real, infração com pena mais alta do que a injúria simples... Se for ainda mais grave [uma agressão], consistindo na prática de lesões corporais, aplica-se o artigo 129 do Código Penal... [no caso de] lesão corporal de natureza grave ou de natureza gravíssima... sofrer ferimentos que a impeçam de trabalhar por mais de 30 dias, o agressor ficará sujeito a uma pena de 1 a 5 anos de reclusão. Da mesma forma, se a vítima sofrer perda de alguma função corporal em decorrência dos ferimentos, a pena será de 2 a 8 anos. Também é preciso mencionar que, em todas as hipóteses até aqui mencionadas, o juiz poderá aplicar uma causa de aumento de pena em razão da motivação torpe do agente... [no caso de] homicídio doloso, qualificado por motivo torpe... [pena de 12 a 30 anos de reclusão]. Não é portanto a falta de tipos penais em nossa legislação... Acrescentar novas figuras típicas não apenas seria desnecessário como também acabaria por criar dificuldades interpretativas e espaços de sobreposição de tipos penais que, muitas vezes, resultam em empecilhos à aplicação da lei... A criação de novos tipos penais [“Lei da homofobia”] apenas causará confusão interpretativa e dificuldades na aplicação”.

Logo, não há qualquer necessidade de uma lei exclusivista para proteger e privilegiar só uma determinada classe — no caso, para conceder privilégios a uma classe de pessoas que praticam uma perversão sexual antinatural, um pecado que — por ser contra a natureza — “brada aos Céus e clama a Deus por vingança”, segundo a enérgica linguagem do Catecismo. Linguagem que está de acordo com o recomendado por Nosso Senhor Jesus Cristo no Evangelho: “Seja a vossa linguagem sim, sim; não não” (Mt. 5,37) — bem diferente da empregada na referida nota... 


Mas deixando de lado o bla-bla-blá da nota da CNBB, continuemos em nossa importante campanha de protesto contra a aprovação da abjeta “lei da homofobia”. Aqueles que ainda não registraram o seu protesto, poderão fazê-lo agora mesmo no seguinte link: 


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Click na imagem abaixo para ler a "NOTA DE ESCLARECIMENTO" da CNBB. Para voltar ao blog tecle "esc".

7 de dezembro de 2011

Não posso acreditar: “CNBB e Marta fazem acordo sobre projeto que criminaliza homofobia”?!


Segundo notícia postada ontem no portal de “O Globo” (link abaixo), intitulada “CNBB e Marta fazem acordo sobre projeto que criminaliza homofobia”, amanhã, 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) tentará aprovar na CDH (Comissão de Direitos Humanos do Senado) a “Lei da homofobia” (projeto de lei PLC 122) — aquela famigerada lei que pretende criminalizar todos os que venham a se opor às pecaminosas e antinaturais práticas homossexuais.

Que a senadora petista tente tal aprovação na “calada da noite” (nesta ocasião em que todos estamos com as atenções postas nos preparativos para o Natal e Ano Novo), não causa estranheza, pois só mesmo por meio de um “golpe” assim articulado aquela inaceitável lei poderia eventualmente passar na CDH. Mas o que causa estranheza — E MUITA — é o mencionado “acordo” que ela fez com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Segundo Marta Suplicy, o “acordo” foi no sentido de uma “flexibilização” da lei. Mas trata-se de um outro “golpe” para nos enganar. Como os leitores poderão conferir no seguinte link:

Reaja agora contra a “lei da homofobia”, o PLC 122, que pode ser votado nesta semana



Espero que não tenha havido acordo nenhum, mas, neste caso, a CNBB tem obrigação de fazer um urgente e taxativo desmentido. Se não o fizer, poderá ser responsabilizada pela aprovação no Brasil de uma lei diametralmente oposta às Leis de Deus e à própria Lei Natural. Responsabilizada pela aprovação de algo que SEMPRE foi condenado pela Igreja Católica e rejeitado pela imensa maioria da população.

Em qualquer caso, seja ou não publicado o esperado desmentido, de nossa parte é urgente protestar contra a “Lei da homofobia” — também conhecida como “Lei do Zipper”, pois colocará um psy-zipper na boca de todos os brasileiros, ou seja, não poderão mais, sem qualquer restrição, manifestar suas opiniões contrárias ao homossexualismo.

Para esse protesto, por favor, não deixem de acessar o link a seguir e registrar sua reclamação:

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Link para a notícia, acima referida, de “O Globo”: 

5 de dezembro de 2011

Facilidade de divórcio — facilidade de destruição da família

Com o denominado “divórcio instantâneo”, aumenta o número de separações, aumenta o número de famílias dissolvidas “instantaneamente”, aumenta o número de filhos com perturbações psíquicas

Paulo Roberto Campos


A conclusão recentemente divulgada pelo IBGE — com base nas “Estatísticas do Registro Civil 2010” — sobre o aumento do número de divórcios no Brasil é assombrosa: em 2010, o crescimento de 36,8% em relação ao ano anterior (vide notícia abaixo). 


Entretanto, apesar de espantosa, tal alarmante conclusão não me surpreendeu. Por quê? — A dissolução dos costumes que há muito vem minando a instituição da família em nosso País (por meio, por exemplo, das imoralíssimas novelas televisas) só poderia gerar este efeito desastroso. Mas, a este fator, devemos também atribuir a culpa à nova legislação (Emenda Constitucional 66, publicada em julho de 2009), que facilitou as separações ao extinguir as exigências legais e até mesmo os prazos, com o chamado “divórcio instantâneo”. 


Assim sendo, podemos afirmar que aqueles que comemoraram a simplificação na “Lei do divórcio” (melhor seria dizer “Lei do concubinato”) comemoraram, no fundo, a simplificação para se destruir “instantaneamente” a família. 


Com efeito, segundo um muito competente estudo da psicóloga e pesquisadora social norte-americana, Judith Wallerstein [foto], o aumento do número crianças com problemas psicológicos e psíquicos, bem como de adolescentes que entram no mundo do álcool e das drogas, é devido à separação dos pais. Ademais, ela demonstra, num segundo livro sobre a questão, fundamentado em centenas de entrevistas, que o divórcio gera um tal trauma nas crianças e adolescentes, que produz gerações de adultos com problemas mentais. Nesse livro, que obteve muito reconhecimento nos Estados Unidos, a autora analisa um grupo de filhos de divorciados rondando pelos 40 anos. Destes, apenas 30% se casaram. E daqueles que o fizeram, 50% já se divorciaram. Esses dados estatísticos se repetem em estudos semelhantes de outros autores, como Vangyseghem e Appelboom (2004) e Marquardt (2005). 

Aviso aos navegantes: aqueles que “sonham” com o divórcio, saibam que estarão embarcando num "navio-fantasma", numa grande ilusão povoada de pesadelos, com filhos depressivos, com problemas na escola e com propensão a se afundarem no mundo das drogas. Portanto, para salvarem suas famílias do naufrágio, não permitam que elas sejam atingidas pela bomba divorcista. 

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Após mudança na lei, nº de divórcios cresce 36,8% e bate recorde no País 

“O Estado de S. Paulo”, quinta-feira, 1º de dezembro de 2011 
Clarissa Thomé 

O número de divórcios no País bateu recorde no ano passado. Em 2010, foram registrados 243.224 divórcios, entre processos judiciais e escrituras públicas  36,8% mais que em 2009. Significa que 1,8 em cada mil pessoas com 20 anos ou mais dissolveu o casamento legalmente. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil 2010, divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o gerente da coordenadoria da População e Indicadores Sociais do IBGE, Cláudio Dutra Crespo, o aumento foi impulsionado pela mudança na legislação, no ano passado, com a promulgação da Emenda Constitucional 66, que acabou com a necessidade de separação judicial prévia e com os prazos para o divórcio.